Histórias dos Pensamentos Criminológicos

Editora: Revan

Autor: Gabriel Ignácio Anitua

ISBN: 9788571063785

R$205,00
ADICIONAR AO CARRINHO

Disponibilidade: Pronta Entrega

Nº de Páginas: 944

Encadernação: Brochura

Ano: 2008

Título: Histórias dos Pensamentos Criminológicos

Editora:Revan

Autor: Gabriel Ignácio Anitua

ISBN: 9788571063785

Disponibilidade: Pronta Entrega

Nº de Páginas: 944

Encadernação: Brochura

Ano: 2008

- Col. Pens. Criminológico Vol 15
Prólogo Eugenio Raul Zaffaroni
Resenha:
Segundo seu autor, Histórias dos pensamentos criminológicos surgiu da idéia de elaborar uma espécie de manual para estudantes de criminologia. Com a obra à mão, o aprendiz teria ferramentas para identificar as raízes do discurso deste ou daquele professor, e, indo além, destacar os princípios políticos e morais desses mesmos discursos.
O resultado excede o objetivo inicial. Este livro não interessa apenas aos iniciados em criminologia, instiga toda a família de leitores de pensamento crítico. O assunto é por demais complexo e ramifica-se pelos mais variados campos do conhecimento - direito, ciência política, sociologia, história, filosofia, biologia, antropologia, literatura...
É um desfile de autores, opiniões, teorias e investigações acerca da construção do que se pensou ser o crime e, principalmente, o criminoso. São séculos em revista. O marco inicial, a formação do Estado moderno no século XIII. Daí, a criminologia é descrita dentro dos mais diferentes enquadramentos e "ismos" - absolutismo, garantismo, iluminismo, utilitarismo, positivismo, marxismo... Até chegar ao século XX, à teoria da reação social, ao etiquetamento, e, mais recentes, à criminologia crítica e ao atuarialismo.
O autor uniu a abrangência do erudito à perspicácia do bom professor e, nas palavras de E. Raúl Zaffaroni, realizou a "longa-metragem da questão penal".
Sobre o autor: Gabriel Ignacio Anitua é argentino, da cidade de Buenos Aires. Atualmente é professor de direito penal e criminologia da Universidade de Buenos Aires e secretário da Defensoría General de la Nación, da Argentina.


Sumário



Prólogo II1
CAPÍTULO I. Introdução: Histórias dos pensamentos criminológicos como histórias do presente de diversos discursos

CAPITULO II. As expressões criminológicas do Estado absolutista
II. 1.0 surgimento do Estado moderno e a "expropriação"do conflito
II. 2. A Inquisição. Primeiros modelos integrados de criminologia, política criminal, direito penal e direito processual penal
II. 3. As cidades. Os indivíduos e os mercados. O modo capitalista de produção e as "empresas" comerciais, científicas e de conquista
II. 4. A expansão bélica européia. Aformação de uma sociedade repressora
II. 5. As percepções sobre a sociedade e o Estado. O consenso e o conflito: Hobbes e Maquiavel
n. 6.0 direito e a justiça do Antigo Regime. A marca nos corpos. O cenário do patíbulo
II.7. A modernidade e as novas relações sociais: sociedade de classes e necessidades de ordem. A exclusão e a disciplina

CAPÍTULO III O Iluminismo, a Revolução e suas repercussões no pensa¬mento criminológico
III.1. Dificuldades para a caracterização do Iluminismo: traços comuns e contradições aparentes
III. 2. Absolutismo ilustrado e racionalismo: a ciência e o progresso. Os limites do Estado
III. 3. As revoluções liberais na Europa e na América
IIl. 4. Beccaria e o garantismo humanizador do sistema penal
III. 5.0 penalismo ilustrado, racionalista ou clássico: seus representantes em língua francesa, inglesa, alemã, espanhola, portuguesa e italiana
III. 6. Os conceitos jurídicos de delito e pena como objetos de conheci¬mento criminológico
III. 7. As teorias da pena. Justiça versus Utilidade

CAPÍTULO IV. O pensamento criminológico do século XIX como saber com¬prometido com seu tempo
IV. 1. Os discursos disciplinares e utilitários. O nascimento da polícia e da prisão
IV. 2. Os "sistemas" penitenciários do século XIX /217 IV. 3. O controle da população e o higienismo. A medicina social e o trata-mento da loucura. O pensamento crítico e sua relação com a "terapêutica" social
IV. 4. Organicismo excludente e conservadorismo. Adireita entra em cena
IV. 5. Antecedentes da criminologia como "ciência": fisiognomiae o racismo
IV. 6.0 naturalismo e as estatísticas "nacionais". Os estatísticos morais ea questão do delito
IV.7. Afilosofia positiva. Comte e o método científico. Spencer e a concepção evolucionista do universo

CAPITULO V. O positivismo e a criminologia científica
V.l. O paradigma positivista: as causas individuais do comportamento criminal. Positivismo e imperialismo
V. 2. O positivismo bioantropológico de Lombroso, o positivismo idealista de Garofalo e o positivismo penal-sociológico de Ferri
V 3. A criminologia positivista francesa. Entre o meio social e a psiquiatria
V. 4. O positivismo correcionalista espanhol e a originalidade de Dorado Montero
V. 5.0 positivismo criminológico na América Latina e a transcendência de Ingenieros
V. 6.0 positivismo reformista: a fixação no mundo anglo-saxão e em espe¬cial nos Estados Unidos
V. 7.0 positivismo jurídico-penal, a política criminal e a recepção do positivismo no direito penal alemão e europeu. A "fuga" da realidade do neokantismo
V. 8. O positivismo médico e psicológico. A personalidade criminosa entre a doença mental e a herança
V. 9. A psicologia social. Da sociedade criminosa à sociedade punitiva

CAPITULO VI. A sociologia e suas aplicações criminológiças
VI. 1. Asociologia e os Estados Unidos. O nascimento da Escola de Chicago
VI. 2. A comunicação como base da democracia e as origens do interacionis-mo simbólico
VI. 3. As investigações empíricas sobre a cidade: controle social, ecologia social e seus usos criminológicos
VI. 4. Tarde, entre sociologia psicológica e filosofia penal
VI. 5. Durkheim e a sociologia funcionalista desde os conceitos de delito e castigo
VI. 6. A antropologia britânica: a ordem, o direito, o crime e o castigo "primitivos"
VI.7. A estrutura do sistema e os mecanismos do controle social diante do desvio. A sociologia norte-americana "vence" as insustentáveis mu-danças de rumo autoritárias do pensamento social europeu

CAPITULO VII. As criminologias do segundo pós-guerra mundial. Sociologia do desvio. Socialização deficiente ou estrutura social defeituosa
VII.1. Origem de uma criminologia sociológica. Políticas do Estado assistencial
VII. 2. Sutherland e a teoria dos contatos diferenciados. A criminalidade de colarinho branco
VII. 3. A teoria das subculturas criminais e o estudo das "gangues" juvenis. A criminologia entre anomia e aprendizagem
VII. 4.0 controle no exterior e a subsidiariedade da prisão
VII 5. De"oindidb^oeomeio"dacriminologkposiüvÍ5taao"multifatoriaü^ com proeminência condutista
VII. 6. Aideologia dos direitos humanos
VII.7. A criminologia no caminho da institucionalização

CAPÍTULO VIII. As teorias da reação social, teorias do conflito, o marxismo e o pensamento crítico em relação à questão criminal
VIII. 1. Os anos sessenta. Crise nas sociedades "opulentas" e deslegitimação dos aparatos de controle
VIII.2. A fenomenologia e a construção social da realidade
VIII. 3. Aantipsiquiatria, o enfoque dramatúrgico, aetnometodologia e as críticas à reclusão institucional
VIII. 4. O enfoque do etiquetamento (labelling approach)
VIII. 5. As "novas" teorias do conflito e o processo de criminalização. Sellin,Volde a aiminologia "conflitual"
VIII. 6. A cultura marxista e suas contribuições ao estudo da questão criminal. Três pontos de vista: Bonger e o delito, Pashukanis e a lei e Rusche e o castigo
VIII. 7. Teoria crítica, sociologia radical e cultura libertária
VIII. 8.0 castigo, a "ciência" criminológica e as tecnologias do poder na obra de Foucault

CAPÍTULO IX. Pensamentos criminológicos de finais do século XX: a chamada criminologia crítica (origens, tendências, presenças)
IX. 1.0 surgimento da crítica criminológica. Manifestações norte-americanas e européias
IX. 2. Os movimentos de libertação nacional e as criminologias críticas latino-americanas
IX. 3. A "crise" da criminologia crítica
IX. 4.0 abolicionismo radical escandinavo e a política criminal tolerante holandesa /695
IX. 5.0 realismo criminológico das esquerdas e o reformismo social-democrata anglo-saxão
IX. 6.0 reducionismo, minimalismo ou garantismo penal. Os direitos humanos como fundamento de todo sistema penal
IX. 7. Elementos comuns das propostas críticas para o estudo da questão criminal

CAPITULO X. Pensamentos criminológicos de finais do século XX: as justificativas da repressão penal e a criminologia atuarial
X. 1.0 ocaso do ideal ressocializador. A falência do Estado do bem-estar. O neoliberalismo e os governos conservadores como responsáveis pela atual inflação punitiva
X. 2. Devolver o controle às famílias. A privatização do controle
X. 3. As políticas de "lei e ordem" e o realismo penal "duro"
X. 4. A "análise econômica do direito" e outra vez a prevenção
X. 5. Os partidários do direito penal simbólico
X. 6.0 modelo de justiça e outra vez a retribuição
X. 7. O atuarialismo. A gestão e a prevenção de "riscos" na sociedade excludente global

CAPITULO XI. Epílogo: A memória sobre a razão e a sem-razão como ferramenta dos direitos humanos e o pacifismo

Bibliografia

Direito Penal